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Darsony Chaves

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domingo, 18 de novembro de 2012

Resenha do Filme 1984 de George Orwel.


             
                                                                                                
                                                                                                     
RESENHA  DO FILME 1984  DE GEORGE ORWEL

 Darçoni M. Chaves (G. UEMS/UNOPAR) 


             Trata-se da adaptação para o cinema do Livro 1984 - um romance clássico do autor inglês Eric Arthur Blair, conhecido pelo codinome ou pseudônimo de George Orwel.
             A obra mais parece uma profecia sobre as formas com que a sociedade se desenvolveria no futuro.
             Retratando no filme os sistemas totalitários e ditatoriais pelos qual o mundo tem passado em sua história mais recente e as circunstancia com que se tem dado as relações sociais e humanas.
             Todavia tais acontecimentos não sejam colocados de uma maneira clara, mais subliminarmente o enredo fala das probabilidades futuras da humanidade em ser envolvida por idéias massificadoras oriundas de grupos restritos que usam e abusam do poder para continuar impondo suas vontades sobre a maioria ou a massa.
             As artimanhas utilizadas pela burguesia para manter o proletariado inerte, aparecem no filme utilizando inúmeras ferramentas: como a castração do conhecimento, o controle mental e a alienação dos homens guiados por leis e normas fortes o suficiente para tirar-lhes as capacidades intelectuais individuais e leva-los a obedecer a um sistema de pensamento coletivo e obediente.
             No filme se apresentam claramente as formas possíveis de manipulação exercidas pelo grande irmão ou o Estado que a tudo pode, a tudo vê, sabe e controla inclusive o próprio idioma local.
              As supostas guerras retratam as lutas de classe e as formas como elas acontecem utilizando os conceitos contrários como guerra e paz, produção e destruição, amor e ódio além de outros conceitos contraditórios usados para a dominação.
             Percebe-se também que o objetivo da manutenção e perpetuação do estado de guerra pela classe dominante é apenas um elemento de manobra para se manter no controle da situação.
             E para que isso ocorra é preciso provocar e se equilibrar na destruição de bens materiais, na limitação da classe trabalhadora no acesso ao conhecimento, na alienação mental da população presa em um grande e poderoso, nem que seja fictício líder.
             Essas atitudes sempre foram usadas e se mostram eficazes para evitar que os pobres ou o proletariado tenham a chance de acumular riqueza e cultura.
             As torturas físicas, os fuzilamentos, as execuções públicas, aparecem nesse contexto apenas como uma forma do Estado totalitário demonstrar sua força e a brutalidade dos seus castigos.
             Castigos esses, imputados áqueles que ousavam pensar, refletir e analisar a realidade de maneira diferente daquela imposta pelo estatus quo e desmotivar a grande maioria de fazê-lo.
             A intervenção estatal feita através de monitoramento por câmaras de vídeo demonstra a invasão cotidiana da privacidade do homem, garantindo o controle da individualidade e o total afastamento do ser de sua origem e condição humana, aprisionando-o totalmente para que não possa refletir na possibilidade de uma realidade diferente daquela ou ter direito a questioná-la.
             1984 - reproduz uma realidade mórbida  que está se revelando em todas as profecias de Orwel, pensadas em 1948 e publicadas em Oito de junho de 1949 quando o lançamento do seu livro. E cujo pensamento que nunca esteve tão atual.
             Os personagens da história representam cada uma das classes sociais do passado e do presente:
- Winston Smith - protagonista do filme aparece como um homem comum, doente e que não se conforma com a maneira dramática e violenta em que perdera sua família na infância e o ódio que leva as escondidas contra o sistema imposto.
- Júlia – Amante de Winston, uma ninfomaníaca que se rebela contra as leis proibitivas das relações sexuais, porém é militante do partido mesmo vivendo em constante conflito com as suas doutrinas.
- O’Brien – um agente do governo cuja missão era a de descobrir elementos da resistência fazendo-se passar por um deles para depois traí-los, entrega-los e tortura-los. (ou seja, um completo louco e pervertido).
- O Big Brother- ou grande irmão – era uma representação simbólica utilizada pelo partido e aparecia com os poderes de um autocrata da Oceania, onipresente, onisciente e onipotente. (O estado ou um Deus)
- Emmanuel Goldstein – o ex – membro do sistema e agora o opositor, o rival, que também pode ter sido criado para alienar alguns na incerteza e na insegurança e assim promover inimigos do Sistema para que fossem usados para impor o medo e a obediência cega dos demais.
- O Partido – é o grupo que está no poder e pode exercê-lo de várias maneiras, fascistas, nazistas, comunistas, socialistas, democráticos e ou outras. Seu objetivo é apenas se manter no poder não importando sob quais métodos.
             Para conseguir isso o partido utiliza os ministérios como as principais representações de seus interesses e moldados de forma a manter a hegemonia e a harmonia da ideologia do Partido.
             Ainda no filme as nações são divididas em três grandes potencias:
- Oceania – O império maior e mais forte que vive em (constante) guerra contra a Eurásia o segundo maior. E a Lestásia o menor dos impérios.
             Sendo que todos disputavam entre si a posse por territórios como à África a Ásia e a Antártica.
             É nesse cenário que se desenrola o romance cheio de medos, mistério, oposições, traições.
             Mostrando que liberdade, felicidade, igualdade e humanidade não passam de utopia diante da realidade impiedosa imposta pelos sistemas que governam as relações sociais.
              É a podridão dos interesses pessoais dos que governam que sempre vem antes do interesse coletivo.
             Criando assim Sistemas e Governos que não respeitam os direitos humanos e muito menos se preocupam com a manutenção do bem comum.

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